domingo, 25 de janeiro de 2009

The future of Music

Como havia comentado anteriormente, aqui vai o link para o livro organizado por Irineu Perpétuo e S. Amadeu.
Trata-se de um conjunto de textos sobre as possibilidades do futuro da música com a proliferação da mídia digital em detrimento das mídias "físicas", enfim, algo bem abrangente. Nele assino o texto "Mudança dos ventos à vista ".
Abraços!

3 comentários:

rogerio santos disse...

Chico, super coerente e interessante seu texto. Eu acho que a música como produto industrializado, fora da internet, tende a resistir por um bom tempo.

Mas as vendas de CDs, podem ficar mais restritas aos shows que as lojas convencionais.

Eu mesmo que vou à dezenas de shows, compro muito mais CDs diretamente das mãos dos artistas que gosto do que em lojas, e já faz tempo.
Quando muito, vou lá na POPS de vez em quando, que ninguém é de ferro.

Essa estrutura de venda, pelo que entendi, é contemplada na tua leitura, onde o artista é dono de sua obra.

(dentro da diferenciação abordada no texto, sem a presença de editoras e similares...)

No mais, o artista monta um site e tem todas as possibilidades de vender sua música direto ao consumidor por um preço mais justo.

É o que penso.
Mas os disparates, com as rádios e TVs, tendem a continuar.
O capital ainda mandará por muito tempo. E empurrará porcarias goela abaixo da massa.

O tempo dirá.

Chico Pinheiro disse...

Opa Rogério,
Tudo bem?
Vc está certíssimo!
Pois é... eu na verdade não sei ao certo o que vai rolar daqui pra frente... mas sou a favor disso, quanto mais direto, democrático e sincero, melhor será esse mercado. E a idéia é essa mesmo, o artista perto de sua obra... sempre.
Abração,
C.

Mecka disse...

Excelente artigo Chico!
Antenado com o nosso tempo!
Sem dúvida será sempre a criatividade a saída para esta interface do Criador, criação e público e acho que como no curso das águas, as saídas se mostrarão ou mesmo serão erodidas por força das circunstâncias.
A bela metáfora criada sobre árvores e música remete ao inevitável raciocínio músico-ambiental de que não estando as margens dos rios açoriadas, muito encontraremos para contemplar, seja do ponto de vista criativo, ou do ponto de vista mercadológico.
Ainda assim penso, que a normatização de leis(que talvez já existam) que garantam ao músico a possibilidade de ganho a partir de sua criação será necessária, com um enfoque neste cyber espaço que de modo definitivo adentrou nossas casas e resignifica sentidos e linguagens.
No mais, concordo com o que o Rogério comenta e também já faz bastante tempo procuro comprar diretamente na mão do artista.
Entretanto algo me intriga, e embora não fosse o tema do texto, gostaria de dividir. Sou da era vinil, assisti a transição até a hegemonia do CD e mais uma vez presencio a queda de um império em função da nova mídia, do Mp3, do Pops, enfim.A questão é como fica a sonoridade. O Vinil tem os graves bonitos, o CD privilegia os timbres mais agudos, e posso estar errada mas me parece o Mp3 vai um pouco pelo mesmo caminho. Como anda a discussão em termos da sonoridade digital? Lógico que o " ao vivo" será sempre insubstituível, mas como andam os estudos para ampliação da capacidade sonora das gravações e consequente experiência do ouvinte?
Um abraço,
Mecka