sexta-feira, 24 de abril de 2009

Why do we never get tired of it?


Could music be defined as some kind of drug, a fuel, an incredible moving force surrounding us all?
Absolutely! Thank's God for putting the ipod into our lives... oh yes!


Dori Caymmi - Contemporâneos
Helio Alves e Duduka Da Fonseca - Songs From The Last Century
Fleurine - San Francisco
Tom Jobim & Elis Regina - Elis & Tom
Edu Lobo - Camaleão
Gilberto Gil - Refavela
Chico Buarque - Meus Caros Amigos
Rosa Passos - Morada do Samba
Sérgio Santos - Mulato
Yamandú Costa - Lida

Artigo no 'O Globo'.


Não sou (e nunca fui!) de me remoer sobre as mazelas políticas de nosso país. Acho que o Brasil e os brasileiros são muito maiores do que tudo isso, todo esse escárnio político a que somos submetidos não há dez, vinte, cinquenta, mas há muitos anos... há séculos (e não sou o primeiro a dizê-lo). É vero, sempre tive esse otimismo intrínseco como o do professor Darcy Ribeiro... quase incurável, quase pueril. Contudo, infelizmente, não consigo ficar impassível como cidadão e contribuinte, aos descalabros que acontecem nos bastidores e que mais e mais vêm sendo reportados. Essa semana, só para ilustrar, mais dois episódios me saltaram aos olhos; a discussão no STF entre os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, e a chamada "farra das passagens" no congresso; o judiciário e o legislativo nos revelando mais uma vez o quão maravilhosamente bem, sempre em prol do povo e jamais em benefício próprio, trabalham.
A jornalista Cora Rónai tratou de escrever um artigo providencial que saiu no jornal "O Globo" do Rio, cujo título não deixa dúvidas sobre o estado de espírito que anda pairando no ar, ganhando força pelas ruas, nos cabeleireiros, nos ônibus, botecos, escritórios, nas seções de cartas de leitores, na internet, enfim: "Bando de traíras irresponsáveis!".
Quando li a notícia, lembrei logo do meu querido parceiro Aldir Blanc, que tão bem resumiu em "Querelas do Brasil"
( e aqui com duplo e garrafal " S " !!):
O Brasil não merece o Brasil.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Pelé, Pepe, Coutinho - Edu, Chico e Tom.

Não tem coisa melhor do que as amizades que fazemos ao longo da vida, é o que se leva com a gente mas também o que se deixa por aqui nas memórias, nos corações. Melhor ainda é celebrar isso batendo uma bola ou cantando uma canção linda dessas. Que beleza, que três craques!

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Em algum lugar.

Parece que em algum lugar praticamente inacessível ao homem urbano, ali pelo meio da Amazônia de árvores altas e fauna exuberante, existe uma tribo. Uma comunidade que, dizem, por séculos permanece isolada, alheia às transformações sociais, culturais, científicas e tecnológicas como as conhecemos... do Império Acádio na Mesopotâmia às invenções do americano Thomas Edison, da Ilíada e Odisséia de Homero ao Ragtime de Jelly roll Morton, do iluminismo à proliferação maciça da televisão e mais recentemente da internet pelos quatro cantos do globo, das reformas de Solon nas leis em Atenas às inúmeras emendas aprovadas pelo Congresso brasileiro... ah, o Brasil!
Dizem que nessa tribo as crianças são tratadas como crianças, com profundo respeito, sendo integradas de forma harmoniosa e sábia ao mundo dos adultos. Às mulheres e aos homens são reservados a dignidade, justiça, compreensão, liberdade, diversão e arte, ao que todos retribuem com gratidão, generosidade, presteza e honestidade.
As regras de convivência e as "leis", são elaboradas e aprovadas eficientemente, sempre visando claramente o bem comum, nunca o individual ou parcial. E o mais curioso, são seguidas expontaneamente pela maioria, pois acreditam piamente (por algum motivo inexplicável) que se prejudicarem um semelhante arbitrariamente, estariam prejudicando a si próprios.
Portanto têm prazer em ajudar uns aos outros, mantendo-se sempre dispostos a estenderem a mão ao próximo, com leveza e bom humor. Por alguma razão que ainda não se sabe, a civilidade está em voga por lá,  praticada de forma voluntária e prazerosa.
Àqueles que são atribuídos a honrosa incumbência de representarem os demais ( por escolha aberta e democrática), aceitam tal honraria como uma missão importantíssima,  fundamental, e buscam com tanto afinco corresponder às expectativas depositadas.
Não há nenhum representante eleito dono de Castelo ou patrimônio milionário, tampouco desempregados à míngua. Não existem especuladores banqueiros nem governo corrompido, refém e cúmplice de um sistema apodrecido maior do que ele. Não há policiais corruptos, pois sem violência digna de nota não há a necessidade de policiais. Os assuntos são todos resolvidos através do teatro ( arte extremamente cultuada neste povoado), onde os oponentes envolvidos simplesmente "encenam" uma peça em que expõem suas questões e argumentam à exaustão numa espécie de  jogo, até que por fim o perdedor, graciosamente, aceita a vitória do adversário para depois beberem à saúde de todos.
Não há nem mesmo dinheiro, tudo é feito na base de escambo,  mas são avançadíssimos em matemática, astrologia, geologia e botânica, artes plásticas, música, literatura, teatro ( especialmente o de humor, à la Comédia Dell'Arte), e até filosofia.
As palavras de ordem são, como diriam os franceses:  joie de vivre! ou Horácio:  carpe diem!
Dizem que existe, SIM, essa gente...  ali no meio da floresta de árvores altas e fauna exuberante. Ou pelo menos assim quero acreditar.