
Blog do músico, que aborda os mais diversos assuntos: música, literatura, cinema, futebol, viagens, pensamentos, enfim, mais um espaço cibernético aconchegante para se trocar idéias... bem vindos!
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Winehouse.
Fiquei triste com a notícia da morte de Amy Winehouse - jovem (27 anos, como Jimmi Hendrix, Jim Morrison, Kurt Cobain, Janis Joplin), talentosa... a sad thing.
Resolvi tirar da estante o disco "Back to Black" (que comprei assim que saiu). Fui então reouví-lo, do começo ao fim.
Já fazia algum tempo que não a ouvia, talvez porque me entristecia vê-la assim, pouco a pouco minguando como artista e indivíduo. Acho que preferia me lembrar da "velha" Amy.
O fato é que, logo na primeira faixa ( justamente "Rehab"), as impressões que senti quando a escutei pela primeira vez, voltaram. Talvez ainda mais fortes - Amy Winehouse did it, did it big. RIP.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Playlist July, 2011

• Thelonious Monk & John Coltrane - Monk/ Trane
• Duke Ellington & Count Basie - Battle of the Bands
• Larry Goldings - In my room
• The New Gary Burton Quartet - Common Ground
• Jane Bunnet & Hilario Duran - Cuban Rhapsody
• Zé Miguel Wisnik - Indivisível
quinta-feira, 21 de julho de 2011
De longe...
Há pouco recebi um email de uma moça chamada Michelle Kupper, e junto à sua mensagem havia uma lista de links de Youtube. Ao ler a carinhosa msg e também ver os links, fiquei admirado e agradecido à Michelle pela delicadeza de sua 'compilação'. Achei bacana compartilhar alguns desses links, enjoy. :)
Se depender de mim
http://www.youtube.com/watch?v=G1ChK5bT1lU
http://www.youtube.com/watch?v=oWg0_jjJN1s
... more videos on comments!
Se depender de mim
http://www.youtube.com/watch?v=G1ChK5bT1lU
http://www.youtube.com/watch?v=oWg0_jjJN1s
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terça-feira, 12 de julho de 2011
Manhattan
Opening sequence from Woody Allen's "Manhattan" ( by Gershwin's Rhapsody in Blue). If you didn't check his newest "Midnight in Paris" go!
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Sher Music
It's always important to support the people that work real hard to feed us musicians with good material, good charts, great fake books, in other words, people that spread good music around the world. That's exactly what SHER Music have been doing for years!
Check 'em out at:
Sher Music Co.
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Lennie Dale e os Dzi Croquettes
Vendo o documentário sobre a sensacional trupe dos Dzi Croquettes, o grupo que na década de 70 (em plena ditadura), revoluciou ao montar um espetáculo de cabaré completamente avant-garde (dançando, cantando e atuando travestidos de mulheres), achei bonito a deferência com que até hoje são tratados por seus contemporâneos (algo mais do que merecido). De Pedro Cardoso, Betty Faria, Jorge Fernando a Falabella e Cláudia Raia; de Ney Matogrosso, Gilberto Gil e Cesar Camargo mariano a Liza Minelli, todos tiram o chapéu para os Croquettes e o genial coreógrafo e bailarino Lennie Dale.
Os depoimentos do filme compartilham de uma idéia que acredito ser a pura realidade - de que quando alguém desenvolve Arte no grau de entrega e verdade em que aquele grupo desenvolvia - não existe a menor possibilidade de se tentar reproduzí-la, justamente por ser tão genuína, própria do(s) seu(s) criador(es) - tão intransferível quanto um RG, ou uma impressão digital.
Outra coisa: se por um lado o artista virtuose quase sempre é um obcecado pela busca da excelência artística, é também fundamental que tenha um ingrediente de loucura e irresponsabilidade no ato da criação, seja ela qual for.
Embora não fosse nascido quando os Dzi Croquettes apareceram, entendo e respeito profundamente o impacto que causaram com sua postura, conceito artístico e coragem!
Os depoimentos do filme compartilham de uma idéia que acredito ser a pura realidade - de que quando alguém desenvolve Arte no grau de entrega e verdade em que aquele grupo desenvolvia - não existe a menor possibilidade de se tentar reproduzí-la, justamente por ser tão genuína, própria do(s) seu(s) criador(es) - tão intransferível quanto um RG, ou uma impressão digital.
Outra coisa: se por um lado o artista virtuose quase sempre é um obcecado pela busca da excelência artística, é também fundamental que tenha um ingrediente de loucura e irresponsabilidade no ato da criação, seja ela qual for.
Embora não fosse nascido quando os Dzi Croquettes apareceram, entendo e respeito profundamente o impacto que causaram com sua postura, conceito artístico e coragem!
quinta-feira, 23 de junho de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
The Guitar Heroes & Benedetto
A história precedente à imigração dos luthiers italianos que se estabeleceram nos EUA na virada do século XX é muito interessante.
É sabido que a Italia teve um papel fundamental na história da fabricação de instrumentos de cordas, principalmente à partir do sec. XVI. A Luthieria era um ofício "de familia", passado de pai para filho através das gerações (havia famílias incríveis no ramo de luthieria em Milão, Veneza, Bologna, Florença, e Cremona, terra do inventor do violino, Andrea Amati, e também de Antonio Stradivari, talvez o mais famoso luthier da história).
No final do século XVIII, Nápoles era não só uma das maiores cidades da Península Italiana, mas de toda a Europa, e havia por lá uma cena musical extremamente prolífica. A Escola de Ópera Napolitana de Alessandro Scarlatti, a Ópera "Buffa", assim como alguns dos mestres pioneiros da guitarra clássica, Ferdinando Carulli e Mauro Giuliani, tiveram todos em Nápoles seu cenário inspirador.
A primeira 'guitarra' de seis cordas fôra criada pelo napolitano Gaetano Vinaccia, em 1779 (conhecida como "guitarra romântica"), e nesse interim, algumas famílias napolitanas, como os próprios Vinaccia e os Fabricatore, passaram a introduzir técnicas modernas e inovadoras à fabricação de bandolins e guitarras. Com o tempo, Nápoles tornou-se o mais importante centro na produção de instrumentos de cordas da Itália, posição em que permaneceu durante todo o sec. XIX.
Há pouco tempo atrás tive a alegria e honra de participar ao lado de Anthony Wilson, Julian Lage e Steve Cardenas de um concerto, como parte de uma enorme homenagem a alguns dos mais fantásticos construtores ítalo-Americanos de guitarras archtops da atualidade. O evento chama-se "The Guitar Heroes", e alguns dos homenageados - os ítalo-americanos John Monteleone, James D'Aquisto, John D'Angelico - todos luthiers extraordinários, tiveram seus instrumentos expostos no evento. No concerto usamos quatro guitarras especialmente construídas por Monteleone para a ocasião, executando uma peça também escrita especialmente por Anthony Wilson: "The Four Seasons", e posso dizer o seguinte - as guitarras eram realmente fantásticas, foi um prazer muito grande experimentar cada um dos quatro modelos, muito próprios, personalíssimos.
É sabido que a Italia teve um papel fundamental na história da fabricação de instrumentos de cordas, principalmente à partir do sec. XVI. A Luthieria era um ofício "de familia", passado de pai para filho através das gerações (havia famílias incríveis no ramo de luthieria em Milão, Veneza, Bologna, Florença, e Cremona, terra do inventor do violino, Andrea Amati, e também de Antonio Stradivari, talvez o mais famoso luthier da história).
No final do século XVIII, Nápoles era não só uma das maiores cidades da Península Italiana, mas de toda a Europa, e havia por lá uma cena musical extremamente prolífica. A Escola de Ópera Napolitana de Alessandro Scarlatti, a Ópera "Buffa", assim como alguns dos mestres pioneiros da guitarra clássica, Ferdinando Carulli e Mauro Giuliani, tiveram todos em Nápoles seu cenário inspirador.
A primeira 'guitarra' de seis cordas fôra criada pelo napolitano Gaetano Vinaccia, em 1779 (conhecida como "guitarra romântica"), e nesse interim, algumas famílias napolitanas, como os próprios Vinaccia e os Fabricatore, passaram a introduzir técnicas modernas e inovadoras à fabricação de bandolins e guitarras. Com o tempo, Nápoles tornou-se o mais importante centro na produção de instrumentos de cordas da Itália, posição em que permaneceu durante todo o sec. XIX.
Na virada do século XX, por conta de uma crise econômica aguda e da turbulenta situação político-econômica decorrentes do processo de unificação, milhões de italianos imigraram para os Estados Unidos. O fato é que muitos desses imigrantes eram justamente do Sul, e se estabeleceram nos EUA sobretudo na região de Nova Iorque, criando enormes comunidades chamadas de "Little Italy". Estes bairros tornaram-se um tanto quanto familiares, principalmente através dos filmes de Martin Scorsese e Francis Ford Copolla, mas aqui quero falar de outra coisa - os guitarmakers e suas criações extraordinárias.
Em 1880, um grupo espanhol chamado "Estudiantes Espanoles" excursionou os EUA tocando suas bandúrrias, tornando -se uma verdadeira sensação! Rapidamente, os músicos italianos imigrantes trataram de capitalizar aquele sucesso estrondoso dos "Estudiantes" e logo começaram a formar grupos locais, imitando a trupe espanhola que tocava música de raíz, apenas substituindo as bandúrrias por bandolins.
Entre 1880 e 1920, houve uma verdadeira febre por estes instrumentos nos Estados Unidos, onde milhares eram importados da Itália.
Em 1880, um grupo espanhol chamado "Estudiantes Espanoles" excursionou os EUA tocando suas bandúrrias, tornando -se uma verdadeira sensação! Rapidamente, os músicos italianos imigrantes trataram de capitalizar aquele sucesso estrondoso dos "Estudiantes" e logo começaram a formar grupos locais, imitando a trupe espanhola que tocava música de raíz, apenas substituindo as bandúrrias por bandolins.
Entre 1880 e 1920, houve uma verdadeira febre por estes instrumentos nos Estados Unidos, onde milhares eram importados da Itália.
Muitos luthiers italianos, que buscavam melhores condições e oportunidades, acabaram seguindo o fluxo imigratório e mudaram-se da península para os EUA, passando a manufaturar bandolins in loco, trazendo consigo técnicas e sabedoria até então desconhecidas no novo continente - técnicas estas que posteriormente seriam empregadas também na construção das famosas guitarras archtops.
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Há pouco tempo atrás tive a alegria e honra de participar ao lado de Anthony Wilson, Julian Lage e Steve Cardenas de um concerto, como parte de uma enorme homenagem a alguns dos mais fantásticos construtores ítalo-Americanos de guitarras archtops da atualidade. O evento chama-se "The Guitar Heroes", e alguns dos homenageados - os ítalo-americanos John Monteleone, James D'Aquisto, John D'Angelico - todos luthiers extraordinários, tiveram seus instrumentos expostos no evento. No concerto usamos quatro guitarras especialmente construídas por Monteleone para a ocasião, executando uma peça também escrita especialmente por Anthony Wilson: "The Four Seasons", e posso dizer o seguinte - as guitarras eram realmente fantásticas, foi um prazer muito grande experimentar cada um dos quatro modelos, muito próprios, personalíssimos.
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Ao longo desta mesma viagem, cheia de boas surpresas, tive a oportunidade e honra de conhecer outra lenda na história dos Luthiers Ítalo-Americanos, um dos maiores da atualidade.
Lá em Savannah, onde fica sua oficina, pude experimentar mais de 40 instrumentos feitos por este mestre, e fiquei absolutamente extasiado com a sonoridade, o acabamento e qualidade das guitarras, verdadeiras obras-primas.
Estou falando de Robert Benedetto, e da Benedetto Guitars.
Durante horas pude usufruir de diversos modelos, na casa do presidente H. Paul - onde me pediram para experimentar diversos exemplares clássicos da marca - uma noite memorável! Conferi de perto os modelos de John Pizzarelli, Pat Martino, Andreas Oberg, Bucky Pizzarelli, Andy Summers, Kenny Burrel, e outros modelos simplesmente extraordinários!
Já de volta a São Paulo, recebo a mensagem do presidente da Compania, dizendo que seria um enorme prazer construir um instrumento especial pra mim - e que gostariam que me tornasse um "Benedetto Performing Artist".
Precisamente das mãos do próprio Benedetto, já está nascendo esta nova e certamente incrível parceira musical, uma Benedetto Flagship Series.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Voice, Oud, Piano
Dhafer Youssef is from Tunisia, an absolutely soulful singer and great Oud player. Tigran Hamasyan is a young pianist from Armenia, also a wonderful player.
The combination of both Dhafer's singing and Tigran Piano at this intro's song is undescribable.
domingo, 22 de maio de 2011
Nice evening in SP
Last week I had the chance to enjoy two great concerts, at the same night, at two very nice venues... First, I was at the extraordinary Emerson String Quartet concert at the Sala São Paulo.
After that, late at night, I went to the Zezinho Pitoco's Forró. Life coudn't be better. :)
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Taylor Eigsti, Piano
A really nice californian piano player from the new generation - Taylor Eigsti. Check it out
sábado, 30 de abril de 2011
Emerson String Quartet, or Octet??
Sou da opinião de que nenhuma técnica de gravação ou tecnologia, por mais avançadas que sejam, possam substituir ou emular uma execução humana, sobretudo uma execução impecável como a desse quarteto. Mas certamente as duas primeiras, quando aliadas à segunda, podem produzir coisas maravilhosas - como nesse vídeo que conheci através do Sergio Martins, e que realmente me surpreendeu.
Funciona assim; o extraordinário Emerson String Quartet, dos USA, toca uma peça supostamente para Octeto, inteira ( no caso, o Octeto em Mi Maior op. 20, de Mendelssohn), gravando a primeira passada. Depois disso, eles gravam em cima de si mesmos uma segunda passada ( até aí... trata-se de um procedimento normal e amplamente utilizado para se "engordar" sessões de cordas). Mas aí vem a grande diferença: cada um dos instrumentistas, em sua segunda passada, utiliza um segundo instrumento, o que obrigatoriamente faz com que sua própria sonoridade se modifique totalmente, assim como a do quarteto em geral. E por outro lado emula-se uma coesão e precisão inacreditáveis.
Some-se isso uma captação de som de última geração, e o resultado é esse que vocês podem conferir abaixo: fantástico!
Funciona assim; o extraordinário Emerson String Quartet, dos USA, toca uma peça supostamente para Octeto, inteira ( no caso, o Octeto em Mi Maior op. 20, de Mendelssohn), gravando a primeira passada. Depois disso, eles gravam em cima de si mesmos uma segunda passada ( até aí... trata-se de um procedimento normal e amplamente utilizado para se "engordar" sessões de cordas). Mas aí vem a grande diferença: cada um dos instrumentistas, em sua segunda passada, utiliza um segundo instrumento, o que obrigatoriamente faz com que sua própria sonoridade se modifique totalmente, assim como a do quarteto em geral. E por outro lado emula-se uma coesão e precisão inacreditáveis.
Some-se isso uma captação de som de última geração, e o resultado é esse que vocês podem conferir abaixo: fantástico!
quarta-feira, 27 de abril de 2011
domingo, 24 de abril de 2011
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Ed Tomassi

Recentemente revisitei uma velha amiga, de invernos frios e musicais... após muitos anos de ausência e saudades - Boston, MA.
Foi por ocasião do concerto que fizemos no Jazz Club 'Regattabar', em Cambridge, no último dia 12 de Abril. Que prazer.
Claro, não poderia deixar de visitar a Berklee (150 Building, 1140 na Boylston, Uchida Building), outra companheira musical por quem tenho enorme carinho.
O mais engraçado é que parecia tudo igual - confesso que muitas emoções se fizeram presentes no momento em que abri a porta principal do 150 Building... uau.
Assim que entrei, scanneei o lobby e as escadas para as practices rooms e Library ( Media Center)... e a primeira coisa que me veio à cabeça foram as aulas memoráveis do professor Ed Tomassi - Harmonic Considerations in Jazz Improv.
Se há alguém por quem tenho profunda admiração e gratidão, esse alguém é o Eddie. A paixão que esse cidadão tem por música é algo tão surreal e contagiante que vai muito além do que as palavras podem descrever - só mesmo quem o viu em ação entende a dimensão e o impacto daquelas aulas incríveis... aqui alguns de seus aforismos mais célebres, "You DIG?"
- "You gotta buy every album Trane evah played on... even some he didn't!"
-"You wanna play good, practice slow... you wanna play better, practice slower"
- "you gotta play everything in every key! even your name!!"
- "You gotta swing me out of this room, then you gotta swing me out of Berklee, then you gotta swing me out of Boston, and if you manage to swing me out of New York that means you know how to swing!"
- "slow to fast cats, slow to fast!?"
- "280? that's a ballad!!"
- "What you gotta do, is not listen to the things you are playing, but the things you ARNT playin!"
- "YOU DIG??!?"
quinta-feira, 24 de março de 2011
Novo Site está no ar!

Olá a todos os amigos do Blog,
É com alegria que venho anunciar a chegada do novo site, que finalmente ficou pronto!
Está todo repaginado, mais ágil, e traz também diversas novidades em seu conteúdo - novas músicas, vídeos, fotos, partituras, news, agenda, enfim, sejam todos muito bem vindos!
Para acessar, é só clicar no link abaixo:
Abraços,
C.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Playing Stevie Wonder
Saturday Night Live:
Teaching Stevie Wonder how to play Stevie Wonder... correctly.
terça-feira, 8 de março de 2011
sexta-feira, 4 de março de 2011
Remakes

Assim como quando vejo alguns políticos prometendo maravilhas na televisão, tenho certa desconfiança pelos remakes de filmes e afins, por princípio (sei que a comparaçao pode parecer um pouco esdrúxula, mas é verdade, pois há em mim um sentimento de "é difícil acreditar, até que se prove o contrário").
Por mais que tenhamos uma esperança, e até o desejo de que a refilmagem seja maravilhosa - ainda melhor que a original - a realidade quase sempre acaba nos provando que não...
Fora algumas esparsas exceções, a grande maioria das refilmagens não se sustenta quando comparada às versões originais correspondentes. Além de no mínimo serem marcantes (até por ser mais improvável um remake de um filme inespressivo), há ainda o apego emocional, a memória afetiva.
Filmes como Lolita ( Kubrick, 62'/ Adrian Lyne, 97') , Asas do desejo (Win Wenders, 87'/ "Cidade dos Anjos", que não é remake mas baseado no primeiro), Psicose (Hitchcock, 60'/ Gus Van Sant, 97'. Este dirigiu entre outros Good Will Hunting, um lindo filme), para mim, estariam nessa lista.
Fora algumas esparsas exceções, a grande maioria das refilmagens não se sustenta quando comparada às versões originais correspondentes. Além de no mínimo serem marcantes (até por ser mais improvável um remake de um filme inespressivo), há ainda o apego emocional, a memória afetiva.
Filmes como Lolita ( Kubrick, 62'/ Adrian Lyne, 97') , Asas do desejo (Win Wenders, 87'/ "Cidade dos Anjos", que não é remake mas baseado no primeiro), Psicose (Hitchcock, 60'/ Gus Van Sant, 97'. Este dirigiu entre outros Good Will Hunting, um lindo filme), para mim, estariam nessa lista.
Veja o caso do recente "Fúria de Titãs". O original, de 1981, em termos de efeitos especiais evidentemente não apresentava os recursos que a nova versão traz, (afinal são quase trinta anos separando as duas versões). Mas a poesia vinha justamente da limitação, até de uma certa ingenuidade, pureza, o que acabava valorizando as interpretações dos atores, e que atores! Laurence Olivier fazendo o papel de Zeus, Ursula Andrews (Afrodite), Maggie Smith ( a professora de Harry Porter aqui vestindo a Deusa Tétis)...
Já imaginaram o quixotesco "L'armata Brancaleone" em versão remake: em 3D, com armaduras fashion e cavalos voadores?
Bom, para contrabalancear, um remake bem interessante tanto pela visão inusitada e extremamente pessoal do diretor, como toda concepção e 'vibe' obscura ( totalmente diferente da primeira versão, de 1951), é Alice in Wonderland, de Tim Burton (embora ainda tenha certa predileção pelo original, da Disney - da época em que desenho animado se fazia "na mão" e à lapis!)
Ah, e estão dizendo que o novo filme dos irmãos Cohen, "True Grit", com Jeff bridges no papel que foi de John Wayne na versão original (1969), é muito bom. Enfim, é ver para crer....
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