Blog do músico, que aborda os mais diversos assuntos: música, literatura, cinema, futebol, viagens, pensamentos, enfim, mais um espaço cibernético aconchegante para se trocar idéias... bem vindos!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Strange times we're living in/ Zygmunt Baumann
O polonês Zygmunt Baumann fala sobre a modernidade:
Oi Chico, Tudo bem? Poderia escutar Baumann por horas! Eu me apaixonei pelo trabalho dele, quando no mestrado li A modernidade líquida, de onde ele extrai muito da fala do vídeo. O curioso é que foi uma sequência de textos interessantes. Tinha acabado de ler A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência, do Boaventura Santos, onde ele em um dado momento explorava sobre pilares de emancipação e regulação que sustentavam a sociedade e como o passar das eras político-sociais faziam com que o pêndulo oscilasse entre as duas. Em seguida li Orwell, 1984 e fiz uma releitura de Admirável mundo novo do Huxley e foi exatamente povoada pelas idéias dos 3 textos, que o brilhante texto do Baumann caiu nas minhas mãos, confesso que quando vi as referências até assustei, pois parecia mesmo um jogo "do destino" conduzindo uma linha de estudo. Fiquei fascinada com um trecho do texto, onde ele diz, é preciso ser fluido, leve e desta forma poder se transformar ( ser livre), por outro lado, alcançar metas pré estabelecidas também causa satisfação, porém dá uma sensação de se ter terminado, o que não é agradável visto que de algum modo parecemos engessados. A dualidade liberdade/segurança e seu equilíbrio e a eterna busca da felicidade.Por outro lado, a fluidez, a leveza também nos volatiliza. Já há alguns anos, diria há precisamente 15 anos venho observando a volatilidade das relações, a perda da convivência e da troca, em favor das relações virtuais, deletáveis. As pessoas estão solitárias e ao mesmo tempo sedentas de convivência, porém por vezes as vejo como bichinhos enjaulados, deixe-me explicar: não sei se você assistiu um filme chamado Instinto, estrelado pelo Anthony Hopkins. Em um dado momento, ele tido como louco, é levado pelo seu terapeuta a um local onde existe um gorila enjaulado e então o personagem do Anthony Hopkins diz: "se você abrir a jaula, ele não vai sair,este sonho de liberdade, ficou em algum lugar perdido na sua memória". As vezes observo isso entre as pessoas, muitas vezes solitárias e presas as suas realidades, elas adoram ter a oportunidade de conviver, entretanto desacreditam que possam repetir e até criar isso para sua própria vida, louco, não? Bem escrevi demais! Um beijo grande, Mecka
Um comentário:
Oi Chico,
Tudo bem?
Poderia escutar Baumann por horas! Eu me apaixonei pelo trabalho dele, quando no mestrado li A modernidade líquida, de onde ele extrai muito da fala do vídeo. O curioso é que foi uma sequência de textos interessantes. Tinha acabado de ler A Crítica da Razão Indolente: Contra o Desperdício da Experiência, do Boaventura Santos, onde ele em um dado momento explorava sobre pilares de emancipação e regulação que sustentavam a sociedade e como o passar das eras político-sociais faziam com que o pêndulo oscilasse entre as duas. Em seguida li Orwell, 1984 e fiz uma releitura de Admirável mundo novo do Huxley e foi exatamente povoada pelas idéias dos 3 textos, que o brilhante texto do Baumann caiu nas minhas mãos, confesso que quando vi as referências até assustei, pois parecia mesmo um jogo "do destino" conduzindo uma linha de estudo. Fiquei fascinada com um trecho do texto, onde ele diz, é preciso ser fluido, leve e desta forma poder se transformar ( ser livre), por outro lado, alcançar metas pré estabelecidas também causa satisfação, porém dá uma sensação de se ter terminado, o que não é agradável visto que de algum modo parecemos engessados. A dualidade liberdade/segurança e seu equilíbrio e a eterna busca da felicidade.Por outro lado, a fluidez, a leveza também nos volatiliza. Já há alguns anos, diria há precisamente 15 anos venho observando a volatilidade das relações, a perda da convivência e da troca, em favor das relações virtuais, deletáveis. As pessoas estão solitárias e ao mesmo tempo sedentas de convivência, porém por vezes as vejo como bichinhos enjaulados, deixe-me explicar: não sei se você assistiu um filme chamado Instinto, estrelado pelo Anthony Hopkins. Em um dado momento, ele tido como louco, é levado pelo seu terapeuta a um local onde existe um gorila enjaulado e então o personagem do Anthony Hopkins diz: "se você abrir a jaula, ele não vai sair,este sonho de liberdade, ficou em algum lugar perdido na sua memória". As vezes observo isso entre as pessoas, muitas vezes solitárias e presas as suas realidades, elas adoram ter a oportunidade de conviver, entretanto desacreditam que possam repetir e até criar isso para sua própria vida, louco, não?
Bem escrevi demais!
Um beijo grande,
Mecka
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