Blog do músico, que aborda os mais diversos assuntos: música, literatura, cinema, futebol, viagens, pensamentos, enfim, mais um espaço cibernético aconchegante para se trocar idéias... bem vindos!
terça-feira, 15 de novembro de 2011
No words could better describe it...
What if someone asks you "what is 'lick', musically speaking?"...
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Nada como o tempo.

Vejam que curioso:
Se alguém mencionasse hoje, em qualquer roda no Brasil (ou fora!), o nome de Alfredo da Rocha Viana Filho, nosso querido "Pixinguinha", o que lhes viria à mente?
Provavelmente a figura daquele que foi um dos maiores compositores da história da música popular brasileira, um dos pais do choro moderno, enfim, um dos 'grandes', certo?
Bem, ao folhear o livro Guia Politicamente incorreto da História do Brasil (Leandro Narloch), achei a seguinte passagem:
"No decorrer da década de 1920, Pixinguinha, Donga e Sinhô levaram pedradas da crítica porque suas composições pareciam pouco brasileiras. Em 1928, o crítico Cruz Cordeiro, da Revista Phono-Arte, condenou a influência estrangeira em duas composições de Pixinguinha e Donga:
Não podemos deixar de notar que em suas músicas não se encontra um caráter perfeitamente típico. A influência das melodias e mesmo do ritmo das músicas norte-americanas é, nesses dois choros, bem evidente. Este fato nos causou sérias surpresas porquanto sabemos que os compositores são dois dos melhores da música típica nacional.
Não podemos deixar de notar que em suas músicas não se encontra um caráter perfeitamente típico. A influência das melodias e mesmo do ritmo das músicas norte-americanas é, nesses dois choros, bem evidente. Este fato nos causou sérias surpresas porquanto sabemos que os compositores são dois dos melhores da música típica nacional.
Dois anos depois, o mesmo Cruz Cordeiro, prestes a virar diretor artístico da RCA Victor, a principal gravadora do país na época, não recomendou a seus leitores o disco de Pixinguinha que continha nada mais nada menos que Carinhoso. Seus Argumentos:
Parece que o nosso popular compositor anda muito influenciado pelo ritmo e pela melodia da música de jazz. É o que temos notado desde algum tempo, mais de uma vez. Nesse seu choro, cuja introdução é um verdadeiro fox-trot, apresenta em seu decorrer combinações da música popular Yankee. Não nos agradou. "
Nada como o tempo...
Na foto: Jobim, Pixinguinha, Donga e Chico Buarque
p.s. Se não viram o novo filme de Woody Allen "Meia Noite em Paris", vejam!
domingo, 9 de outubro de 2011
Next generation
How to create a great generation of musicians... my hats of for this incredible project and USC, in California.
Emocionante ver esses meninos em tão boas mãos, toda uma nova geração de músicos sendo formada.
Espero que no Brasil tenhamos muitas e muitas Big Bands como essa: com estrutura, direção, com acesso a estúdios profissionais.
I know it's just a beautiful dream... but who knows it could turn into a reality, soon.
Emocionante ver esses meninos em tão boas mãos, toda uma nova geração de músicos sendo formada.
Espero que no Brasil tenhamos muitas e muitas Big Bands como essa: com estrutura, direção, com acesso a estúdios profissionais.
I know it's just a beautiful dream... but who knows it could turn into a reality, soon.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Feliz 7 de Setembro (o lado bom da net)...

Nem tudo está perdido.
É emocionante e também reconfortante ver que a internet também pode ( e deve!!) mobilizar em prol de causas comuns, nobres, legítimas: isso é cidadania (afinal, 25000 pessoas não é nada pouco). Parabéns aos organizadores pela iniciativa - feliz 7 de Setembro a todos.
Com baldes e vassouras, manifestantes lavam a esplanada - movimento CONTRA corrupção no Brasil
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Facebook Official Page
Hi all,
Buriti Productions have created an official facebook page. I hope you enjoy,
Best. :)
sábado, 27 de agosto de 2011
New York from Above!

Sempre achei Nova Iorque um lugar fascinante... lindas estas fotos da cidade, todas "from above"...
New York From Above
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Zaz
Achei bem bacana essa nova cantora francesa que vem ganhando espaço depois de postar um clipe ao vivo em Montmartre, a 'Zaz'.
O vídeo abaixo virou febre no youtube, e é mesmo um charme. Há em Zaz a influência de Edith Piaf, claro, mas também um tempero manuche à la Django, e sabores 'Jazzy' e 'funky' que casam lindamente nessa performance despretensiosa e super cool.
O vídeo abaixo virou febre no youtube, e é mesmo um charme. Há em Zaz a influência de Edith Piaf, claro, mas também um tempero manuche à la Django, e sabores 'Jazzy' e 'funky' que casam lindamente nessa performance despretensiosa e super cool.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
Winehouse.
Fiquei triste com a notícia da morte de Amy Winehouse - jovem (27 anos, como Jimmi Hendrix, Jim Morrison, Kurt Cobain, Janis Joplin), talentosa... a sad thing.
Resolvi tirar da estante o disco "Back to Black" (que comprei assim que saiu). Fui então reouví-lo, do começo ao fim.
Já fazia algum tempo que não a ouvia, talvez porque me entristecia vê-la assim, pouco a pouco minguando como artista e indivíduo. Acho que preferia me lembrar da "velha" Amy.
O fato é que, logo na primeira faixa ( justamente "Rehab"), as impressões que senti quando a escutei pela primeira vez, voltaram. Talvez ainda mais fortes - Amy Winehouse did it, did it big. RIP.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Playlist July, 2011

• Thelonious Monk & John Coltrane - Monk/ Trane
• Duke Ellington & Count Basie - Battle of the Bands
• Larry Goldings - In my room
• The New Gary Burton Quartet - Common Ground
• Jane Bunnet & Hilario Duran - Cuban Rhapsody
• Zé Miguel Wisnik - Indivisível
quinta-feira, 21 de julho de 2011
De longe...
Há pouco recebi um email de uma moça chamada Michelle Kupper, e junto à sua mensagem havia uma lista de links de Youtube. Ao ler a carinhosa msg e também ver os links, fiquei admirado e agradecido à Michelle pela delicadeza de sua 'compilação'. Achei bacana compartilhar alguns desses links, enjoy. :)
Se depender de mim
http://www.youtube.com/watch?v=G1ChK5bT1lU
http://www.youtube.com/watch?v=oWg0_jjJN1s
... more videos on comments!
Se depender de mim
http://www.youtube.com/watch?v=G1ChK5bT1lU
http://www.youtube.com/watch?v=oWg0_jjJN1s
... more videos on comments!
terça-feira, 12 de julho de 2011
Manhattan
Opening sequence from Woody Allen's "Manhattan" ( by Gershwin's Rhapsody in Blue). If you didn't check his newest "Midnight in Paris" go!
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Sher Music
It's always important to support the people that work real hard to feed us musicians with good material, good charts, great fake books, in other words, people that spread good music around the world. That's exactly what SHER Music have been doing for years!
Check 'em out at:
Sher Music Co.
Check 'em out at:
Sher Music Co.

Lennie Dale e os Dzi Croquettes
Vendo o documentário sobre a sensacional trupe dos Dzi Croquettes, o grupo que na década de 70 (em plena ditadura), revoluciou ao montar um espetáculo de cabaré completamente avant-garde (dançando, cantando e atuando travestidos de mulheres), achei bonito a deferência com que até hoje são tratados por seus contemporâneos (algo mais do que merecido). De Pedro Cardoso, Betty Faria, Jorge Fernando a Falabella e Cláudia Raia; de Ney Matogrosso, Gilberto Gil e Cesar Camargo mariano a Liza Minelli, todos tiram o chapéu para os Croquettes e o genial coreógrafo e bailarino Lennie Dale.
Os depoimentos do filme compartilham de uma idéia que acredito ser a pura realidade - de que quando alguém desenvolve Arte no grau de entrega e verdade em que aquele grupo desenvolvia - não existe a menor possibilidade de se tentar reproduzí-la, justamente por ser tão genuína, própria do(s) seu(s) criador(es) - tão intransferível quanto um RG, ou uma impressão digital.
Outra coisa: se por um lado o artista virtuose quase sempre é um obcecado pela busca da excelência artística, é também fundamental que tenha um ingrediente de loucura e irresponsabilidade no ato da criação, seja ela qual for.
Embora não fosse nascido quando os Dzi Croquettes apareceram, entendo e respeito profundamente o impacto que causaram com sua postura, conceito artístico e coragem!
Os depoimentos do filme compartilham de uma idéia que acredito ser a pura realidade - de que quando alguém desenvolve Arte no grau de entrega e verdade em que aquele grupo desenvolvia - não existe a menor possibilidade de se tentar reproduzí-la, justamente por ser tão genuína, própria do(s) seu(s) criador(es) - tão intransferível quanto um RG, ou uma impressão digital.
Outra coisa: se por um lado o artista virtuose quase sempre é um obcecado pela busca da excelência artística, é também fundamental que tenha um ingrediente de loucura e irresponsabilidade no ato da criação, seja ela qual for.
Embora não fosse nascido quando os Dzi Croquettes apareceram, entendo e respeito profundamente o impacto que causaram com sua postura, conceito artístico e coragem!
quinta-feira, 23 de junho de 2011
segunda-feira, 30 de maio de 2011
The Guitar Heroes & Benedetto
A história precedente à imigração dos luthiers italianos que se estabeleceram nos EUA na virada do século XX é muito interessante.
É sabido que a Italia teve um papel fundamental na história da fabricação de instrumentos de cordas, principalmente à partir do sec. XVI. A Luthieria era um ofício "de familia", passado de pai para filho através das gerações (havia famílias incríveis no ramo de luthieria em Milão, Veneza, Bologna, Florença, e Cremona, terra do inventor do violino, Andrea Amati, e também de Antonio Stradivari, talvez o mais famoso luthier da história).
No final do século XVIII, Nápoles era não só uma das maiores cidades da Península Italiana, mas de toda a Europa, e havia por lá uma cena musical extremamente prolífica. A Escola de Ópera Napolitana de Alessandro Scarlatti, a Ópera "Buffa", assim como alguns dos mestres pioneiros da guitarra clássica, Ferdinando Carulli e Mauro Giuliani, tiveram todos em Nápoles seu cenário inspirador.
A primeira 'guitarra' de seis cordas fôra criada pelo napolitano Gaetano Vinaccia, em 1779 (conhecida como "guitarra romântica"), e nesse interim, algumas famílias napolitanas, como os próprios Vinaccia e os Fabricatore, passaram a introduzir técnicas modernas e inovadoras à fabricação de bandolins e guitarras. Com o tempo, Nápoles tornou-se o mais importante centro na produção de instrumentos de cordas da Itália, posição em que permaneceu durante todo o sec. XIX.
Há pouco tempo atrás tive a alegria e honra de participar ao lado de Anthony Wilson, Julian Lage e Steve Cardenas de um concerto, como parte de uma enorme homenagem a alguns dos mais fantásticos construtores ítalo-Americanos de guitarras archtops da atualidade. O evento chama-se "The Guitar Heroes", e alguns dos homenageados - os ítalo-americanos John Monteleone, James D'Aquisto, John D'Angelico - todos luthiers extraordinários, tiveram seus instrumentos expostos no evento. No concerto usamos quatro guitarras especialmente construídas por Monteleone para a ocasião, executando uma peça também escrita especialmente por Anthony Wilson: "The Four Seasons", e posso dizer o seguinte - as guitarras eram realmente fantásticas, foi um prazer muito grande experimentar cada um dos quatro modelos, muito próprios, personalíssimos.
É sabido que a Italia teve um papel fundamental na história da fabricação de instrumentos de cordas, principalmente à partir do sec. XVI. A Luthieria era um ofício "de familia", passado de pai para filho através das gerações (havia famílias incríveis no ramo de luthieria em Milão, Veneza, Bologna, Florença, e Cremona, terra do inventor do violino, Andrea Amati, e também de Antonio Stradivari, talvez o mais famoso luthier da história).
No final do século XVIII, Nápoles era não só uma das maiores cidades da Península Italiana, mas de toda a Europa, e havia por lá uma cena musical extremamente prolífica. A Escola de Ópera Napolitana de Alessandro Scarlatti, a Ópera "Buffa", assim como alguns dos mestres pioneiros da guitarra clássica, Ferdinando Carulli e Mauro Giuliani, tiveram todos em Nápoles seu cenário inspirador.
A primeira 'guitarra' de seis cordas fôra criada pelo napolitano Gaetano Vinaccia, em 1779 (conhecida como "guitarra romântica"), e nesse interim, algumas famílias napolitanas, como os próprios Vinaccia e os Fabricatore, passaram a introduzir técnicas modernas e inovadoras à fabricação de bandolins e guitarras. Com o tempo, Nápoles tornou-se o mais importante centro na produção de instrumentos de cordas da Itália, posição em que permaneceu durante todo o sec. XIX.
Na virada do século XX, por conta de uma crise econômica aguda e da turbulenta situação político-econômica decorrentes do processo de unificação, milhões de italianos imigraram para os Estados Unidos. O fato é que muitos desses imigrantes eram justamente do Sul, e se estabeleceram nos EUA sobretudo na região de Nova Iorque, criando enormes comunidades chamadas de "Little Italy". Estes bairros tornaram-se um tanto quanto familiares, principalmente através dos filmes de Martin Scorsese e Francis Ford Copolla, mas aqui quero falar de outra coisa - os guitarmakers e suas criações extraordinárias.
Em 1880, um grupo espanhol chamado "Estudiantes Espanoles" excursionou os EUA tocando suas bandúrrias, tornando -se uma verdadeira sensação! Rapidamente, os músicos italianos imigrantes trataram de capitalizar aquele sucesso estrondoso dos "Estudiantes" e logo começaram a formar grupos locais, imitando a trupe espanhola que tocava música de raíz, apenas substituindo as bandúrrias por bandolins.
Entre 1880 e 1920, houve uma verdadeira febre por estes instrumentos nos Estados Unidos, onde milhares eram importados da Itália.
Em 1880, um grupo espanhol chamado "Estudiantes Espanoles" excursionou os EUA tocando suas bandúrrias, tornando -se uma verdadeira sensação! Rapidamente, os músicos italianos imigrantes trataram de capitalizar aquele sucesso estrondoso dos "Estudiantes" e logo começaram a formar grupos locais, imitando a trupe espanhola que tocava música de raíz, apenas substituindo as bandúrrias por bandolins.
Entre 1880 e 1920, houve uma verdadeira febre por estes instrumentos nos Estados Unidos, onde milhares eram importados da Itália.
Muitos luthiers italianos, que buscavam melhores condições e oportunidades, acabaram seguindo o fluxo imigratório e mudaram-se da península para os EUA, passando a manufaturar bandolins in loco, trazendo consigo técnicas e sabedoria até então desconhecidas no novo continente - técnicas estas que posteriormente seriam empregadas também na construção das famosas guitarras archtops.
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Há pouco tempo atrás tive a alegria e honra de participar ao lado de Anthony Wilson, Julian Lage e Steve Cardenas de um concerto, como parte de uma enorme homenagem a alguns dos mais fantásticos construtores ítalo-Americanos de guitarras archtops da atualidade. O evento chama-se "The Guitar Heroes", e alguns dos homenageados - os ítalo-americanos John Monteleone, James D'Aquisto, John D'Angelico - todos luthiers extraordinários, tiveram seus instrumentos expostos no evento. No concerto usamos quatro guitarras especialmente construídas por Monteleone para a ocasião, executando uma peça também escrita especialmente por Anthony Wilson: "The Four Seasons", e posso dizer o seguinte - as guitarras eram realmente fantásticas, foi um prazer muito grande experimentar cada um dos quatro modelos, muito próprios, personalíssimos.
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Ao longo desta mesma viagem, cheia de boas surpresas, tive a oportunidade e honra de conhecer outra lenda na história dos Luthiers Ítalo-Americanos, um dos maiores da atualidade.
Lá em Savannah, onde fica sua oficina, pude experimentar mais de 40 instrumentos feitos por este mestre, e fiquei absolutamente extasiado com a sonoridade, o acabamento e qualidade das guitarras, verdadeiras obras-primas.
Estou falando de Robert Benedetto, e da Benedetto Guitars.
Durante horas pude usufruir de diversos modelos, na casa do presidente H. Paul - onde me pediram para experimentar diversos exemplares clássicos da marca - uma noite memorável! Conferi de perto os modelos de John Pizzarelli, Pat Martino, Andreas Oberg, Bucky Pizzarelli, Andy Summers, Kenny Burrel, e outros modelos simplesmente extraordinários!
Já de volta a São Paulo, recebo a mensagem do presidente da Compania, dizendo que seria um enorme prazer construir um instrumento especial pra mim - e que gostariam que me tornasse um "Benedetto Performing Artist".
Precisamente das mãos do próprio Benedetto, já está nascendo esta nova e certamente incrível parceira musical, uma Benedetto Flagship Series.
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Voice, Oud, Piano
Dhafer Youssef is from Tunisia, an absolutely soulful singer and great Oud player. Tigran Hamasyan is a young pianist from Armenia, also a wonderful player.
The combination of both Dhafer's singing and Tigran Piano at this intro's song is undescribable.
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