terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nada como o tempo.


Vejam que curioso:
Se alguém mencionasse hoje, em qualquer roda no Brasil (ou fora!), o nome de Alfredo da Rocha Viana Filho, nosso querido "Pixinguinha", o que lhes viria à mente?
Provavelmente a figura daquele que foi um dos maiores compositores da história da música popular brasileira, um dos pais do choro moderno, enfim, um dos 'grandes', certo?
Bem, ao folhear o livro Guia Politicamente incorreto da História do Brasil (Leandro Narloch), achei a seguinte passagem:

"No decorrer da década de 1920, Pixinguinha, Donga e Sinhô levaram pedradas da crítica porque suas composições pareciam pouco brasileiras. Em 1928, o crítico Cruz Cordeiro, da Revista Phono-Arte, condenou a influência estrangeira em duas composições de Pixinguinha e Donga:

Não podemos deixar de notar que em suas músicas não se encontra um caráter perfeitamente típico. A influência das melodias e mesmo do ritmo das músicas norte-americanas é, nesses dois choros, bem evidente. Este fato nos causou sérias surpresas porquanto sabemos que os compositores são dois dos melhores da música típica nacional.

Dois anos depois, o mesmo Cruz Cordeiro, prestes a virar diretor artístico da RCA Victor, a principal gravadora do país na época, não recomendou a seus leitores o disco de Pixinguinha que continha nada mais nada menos que Carinhoso. Seus Argumentos:

Parece que o nosso popular compositor anda muito influenciado pelo ritmo e pela melodia da música de jazz. É o que temos notado desde algum tempo, mais de uma vez. Nesse seu choro, cuja introdução é um verdadeiro fox-trot, apresenta em seu decorrer combinações da música popular Yankee. Não nos agradou. "

Nada como o tempo...

Na foto: Jobim, Pixinguinha, Donga e Chico Buarque

p.s. Se não viram o novo filme de Woody Allen "Meia Noite em Paris", vejam!



domingo, 9 de outubro de 2011

Next generation

How to create a great generation of musicians... my hats of for this incredible project and USC, in California.
Emocionante ver esses meninos em tão boas mãos, toda uma nova geração de músicos sendo formada.
Espero que no Brasil tenhamos muitas e muitas Big Bands como essa: com estrutura, direção, com acesso a estúdios profissionais.
I know it's just a beautiful dream... but who knows it could turn into a reality, soon.