É curioso como há diversos casos em que um parte significativa da obra de um artista ou compositor famoso permanece menos conhecida ou até esquecida, em detrimento de outras tantas, às vezes muito mais populares mas nem por isso tão interessantes.
Quando fala-se em Arnold Schoenberg, talvez as primeiras palavras que nos venham à mente sejam: "dodecafonismo" e "atonal".
É verdade, ele foi um pioneiro do atonalismo e também o codificador da composição dodecafônica, enfim, um grande revolucionário. Mas há outras facetas desse compositor que, embora não tenham propriamente um cunho vanguardista ou contestador, são simplesmente sensacionais. A sua fase pós-romântica, por exemplo, é de uma beleza estonteante.
Mesmo ouvidos leigos não passarão incólumes quando expostos à essa jóia rara (dividida aqui em quatro partes). Ele realmente sabia o que estava fazendo, e que harmonizador fantástico!